Falar de ambientes integrados sugere asas à imaginação. No primeiro instante, unificar tudo num só ambiente parece ser a melhor solução; mas nem sempre isso dá certo.
Sempre que precisamos mudar algo, pensamos logo em quebrar as paredes, justamente onde começo essa retrospectiva. Antes de quebrar, pensar na idade do imóvel pode ser um recurso rápido e de muita precisão. Dependendo da idade, se com mais de 20 anos, precisamos ter o cuidado de observar sua estrutura, se tem alguma documentação que nos revele um pilar ou uma viga no lugar que queremos desobstruir. Um imóvel mais moderno geralmente carrega seu raio x ou seu projeto estrutural.
Sabendo desse ponto principal, fica fácil tomar alguma decisão ao contrário. Só o descascamento da alvenaria revelaria a possibilidade de remoção da parede.
Se todos esses obstáculos estiverem superados, o próximo passo seria a idealização e o uso desses ambientes, com todo o lay out programado, ou seja, visualizar cada móvel em seu lugar com suas dimensões estabelecidas.
Assim, podemos saber exatamente o quanto precisamos remover de uma parede. Uma remoção parcial já seria suficiente para acomodar um balcão divisor da cozinha com a sala de jantar, servindo como apoio de um móvel de marcenaria.
- Integração visualizada no projeto. Leticia Muzetti.
Com a abertura parcial de parede conseguimos uma ampliação dos ambientes.
Quem não se lembra ou tem até hoje em casa ambientes todo dividido, como sala de visitas, sala de almoço e sala de TV? Hoje, repensamos nessa privacidade toda, que por décadas nos implicou na individualidade e fizeram nos retornar a gostar do convívio. Se voltarmos lá atras, podemos ver que estamos vivendo novamente como nos anos 50′, onde as famílias se reuniam em volta da TV.
Os aparelhos de TV, nos dias de hoje, têm muito mais tecnologia, está mais bonito, vira objeto de desejo da família em tê-los como centro das atenções. Isso gera integração de ambientes, de pessoas, das famílias modernas. Os pais querem ver seus filhos por perto enquanto usam computadores. As famílias querem suas casas com menos aparelhos de TV para não gerar individualidade. Isso chama integração e a melhor forma de planejar, seria pensar em como vivemos de verdade e assim idealizarmos um novo espaço.
Fonte: JH
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