11 de mai. de 2010

Sobram ofertas de emprego e os candidatos que ditam as regras

As vagas mais difíceis de preencher são justamente aquelas em que não se exige muita qualificação, como caixa de supermercado, pedreiro e mecânico.
Um assunto que interessa a muita gente. É comum ouvir por aí que está difícil arrumar emprego. Não em Curitiba. As vagas sobram e a procura por algumas profissões é muito baixa.
Contratar um funcionário que faça salgadinhos para agradar a freguesia tem dado trabalho ao dono de uma panificadora. O mesmo acontece com a costureira Maria Floriano. O aviso está na janela há três meses e ela não consegue a ajudante que precisa. Quem apareceu, de olho na vaga, queria ganhar mais do que Maria pode pagar.
“Eu vou ter de ir na cidade onde eu morava e pegar algum parente para trazer e me ajudar”, diz a costureira Maria Floriano.
Em uma agência da Secretaria do Trabalho, em Curitiba, cinco mil vagas estão disponíveis. Algumas, raramente procuradas. “É o salário que não atrai”, justifica um rapaz.
As vagas mais difíceis de preencher são justamente aquelas em que não se exige muita qualificação, como caixa de supermercado, pedreiro, mecânico, açougueiro. Na maioria dos casos, é o salário que não agrada. Com mais oportunidades no mercado, quem procura um emprego agora pode escolher onde quer trabalhar.
“Nós tínhamos poucas vagas e muitos trabalhadores. Hoje nós temos o inverso disso. Temos muitas vagas e ai o trabalhador está pela primeira vez na história podendo escolher onde ele vai se inserir”, explica a diretora de gestão da agência de emprego, Eliete Vieira.
Eudérico dos Anjos precisa contratar um açougueiro. Oito horas de trabalho por dia, salário de R$ 1,2 mil e a busca já dura nove meses:
“Eles não querem ter muito horário de compromisso sábado e domingo, querem mais folga, querem um salário muito bom. Então por isso que você não está encontrando a mão de obra”, enumera Eudérico.
Para não ter que preencher duas vagas, o jeito foi agradar o funcionário antigo, que ganhou uma folga a mais por semana.
“O patrão aceitou pela dificuldade que ele estava tendo de encontrar açougueiro. Então, você tem que encaixar naquilo que o empregado quer, para ele ter o empregado”, fala o funcionário Evandro Bortolin.

Fonte: G1

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