No pé de feijão, a esperança de combate à dengue. Em um laboratório da Universidade Estadual do Ceará, pesquisadores isolaram uma proteína do vírus e depois injetaram nas células da planta. Segundo eles, as mudas começaram a se reproduzir com essa proteína, que é capaz de tornar o organismo imune aos quatro sorotipos de dengue que circulam hoje no país.
A proteína retirada das plantas foi injetada em camundongos, que a partir de então começaram a ser analisados. Os testes revelaram que, aproximadamente sete dias depois do processo, os animais começaram a produzir anticorpos.
Para comprovar a eficácia, os anticorpos dos camundongos foram injetados em células de macacos, que têm mais semelhanças com as do homem.
Pelo menos outros três outros tipos de vacina contra dengue estão sendo desenvolvidas no Brasil. A da Universidade Estadual do Ceará é a primeira que utiliza um vegetal no processo de produção. O que, segundo os pesquisadores, diminui os custos e os riscos de reações. Agora o laboratório está à procura de um instituto para começar os testes em seres humanos.
"Mesmo que essa vacina seja eficaz e não seja tóxica, a previsão do Ministério da Saúde é que ela só poderá ser usada em larga escala no país daqui há uns quatro ou cinco anos, se tudo der certo", conta Manoel Dias da Fonseca Neto, representante da Secretaria de Saúde do Ceará
Enquanto isso não acontece, os especialistas lembram: eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti ainda é a forma mais eficiente de prevenir a dengue.
O instituto Butantan em São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Espírito Santo também pesquisam uma vacina contra a dengue.
Fonte: JH
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