Jovens enfrentam problemas para comprar ou contratar serviços

Os jovens brasileiros estão consumindo mais. O problema é que a maioria ainda não sabe o que fazer quando os direitos do consumidor não são respeitados. Os jovens reclamam pouco. O Jornal Hoje conversou com uma turma de jovens consumidores. Eles disseram o que mais os incomoda.

O advogado do Procon, Roberto Campos, respondeu às questões de um grupo de estudantes, com idades entre 14 e 17 ano, sobre os problemas enfrentados na hora de fazer uma compra ou de contratar um serviço. “No restaurante, os 10% sempre estão na conta. Quando a gente não quer, a gente tem que se submeter a falar que não quer e fica naquele constrangimento”, diz a jovem.

“Se você achar que foi bem atendido e que aquele garçom merece uma recompensa, você vai pagar os 10%. O estabelecimento não pode obrigar que você pague. O estabelecimento não pode obrigar que se pague”, alerta o advogado do Procon de Pernambuco.

“Quando você quer ver um jogo de futebol em algum bar, eles geralmente cobram para você sentar na cadeira”, reclama o jovem.

“O custo de sentar naquela cadeira e naquela mesa já está incluso no preço da refeição, no preço da bebida”, responde o advogado.

“A gente vai numa loja comprar uma roupa ou qualquer outro produto e não é bem atendido porque não está na companhia dos pais. Se estamos com os pais é completamente diferente”, compara a jovem.

“Você precisa levar ao conhecimento da direção da empresa seja pelo serviço de auto-atendimento ou pelas urnas. Há várias empresas que prezam por isso e que punirão o servidor que assim agir”, esclarece Campos.

“Eu queria falar sobre a Carteira de Estudante. Como a carteira do ano passado tem validade até março deste ano e a deste ano só chega em julho, nós fazemos um protocolo. A gente mostra esse protocolo para servir como Carteira de Estudante. Só que muitas vezes cinemas ou shows não aceitam esse protocolo porque não consideram carteira. E está lá na Lei que ele é a carteira provisória até que chegue a carteira”, diz o jovem.

“É importante que vocês reclamem. Primeiro, para que tenham êxito, para que tenham direitos garantidos. Segundo, para que aquelas empresas transgressoras sejam punidas. Só assim é que a gente vai mudar”, conclui o advogado.

 

Fonte: Jornal Hoje