Quem nunca sentiu dificuldade para abrir uma? A explicação dos fabricantes é que essa "dificuldade" é justamente o que mantém a qualidade do produto.
Mas haja paciência, força e, em muitos casos, sorte para conseguir.
Concentração! O futebol vai começar. É uma encenação bolada pelo humorista Pipo, mas na vida real as coisas não são muito diferentes. Quem já não passou sufoco na hora de abrir uma embalagem? Muitas vezes, onde se lê "abre aqui" é exatamente onde a embalagem não abre.
Copinho de água, de mate, também é para iniciados e mesmo assim a tampa não sai inteira. Para a Neide Passos, que há onze anos trabalha na mesma casa, o desafio é diário. Escolhemos alguns produtos. Assista ao vídeo e veja como ela se sai.
O vidro de palmito ela consegue abrir, mas só depois de fazer muita força. Enlatados também são um problema. Agora, o clássico dessa novela: sachê de ketchup, mostarda e maionese.
Em Brasília, comerciantes já oferecem uma ajuda para os clientes. Não é que essa dificuldade toda enfrentada pelo consumidor é proposital? Mas tem uma explicação.
"A embalagem, ela não deve se abrir durante o processo de distribuição. O consumidor ele precisa estar seguro que aquele produto não foi violado", explica a diretora executiva da Abre, Luciana Pellegrino.
Produtos com embalagem segura e fácil de abrir até que a gente já vê por aí. Na cozinha da Neide encontramos uma lata de sardinha e uma caixa de leite com o sistema abre fácil e que realmente funciona. Só que aí vai sobrar para o bolso.
"É importante lembrar que essa embalagem diferenciada, ela vem com valor agregado e com isso ela pode ter um custo para o mercado", explica a diretora executiva da Abre.
Para Luciana, que trabalha no setor, abrir embalagens não tem mistério mesmo: nem com as mais difíceis. Mas, o nosso personagem desistiu do futebol. Foi ouvir música. Quer dizer, tentar ouvir.
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